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Eataly Brasil perde direito à marca e enfrenta despejo em SP

Caso ganhou destaque após a empresa entrar com pedido de recuperação judicial em dezembro de 2024.

A operação brasileira do mercado italiano Eataly enfrenta uma séria crise financeira, perdendo o direito de usar a marca devido a um processo de arbitragem entre os administradores locais e o grupo italiano. A franquia brasileira, que operava com a marca desde 2015, se vê agora com a ameaça de despejo e dívidas acumuladas, incluindo um passivo de R$ 49 milhões. O caso ganhou destaque após a empresa entrar com pedido de recuperação judicial em dezembro de 2024 e ser confrontada com uma ordem de despejo da Caoa Patrimonial, dona do imóvel onde a operação estava localizada.

A decisão de perda do direito de uso da marca Eataly foi resultado de uma arbitragem sigilosa, o que gerou um impasse sobre o futuro da operação no Brasil. A loja, localizada na Avenida Juscelino Kubitschek, em São Paulo, é um dos principais pontos comerciais do Eataly no país.

Foto: Davi Fernandes/GP1No Eataly Brasil, os pratos tiveram toques especiais da culinária piauiense
Eataly Brasil

A Justiça paulista, no entanto, determinou que o despejo fosse realizado, mas o Eataly conseguiu evitar a saída forçada, pelo menos por enquanto, por meio de uma suspensão temporária da medida. A nova gestão, que assumiu a operação em 2023, está tentando negociar as dívidas e reestruturar a operação.

Os problemas financeiros do Eataly Brasil começaram com o impacto da pandemia, que agravou a situação econômica da empresa, além de altos custos de aluguel e importação. A operação passou por mudanças significativas em 2022, quando o grupo South Rock vendeu a marca para o grupo Wings, responsável pela atual gestão. A nova administração afirma que investiu R$ 20 milhões para estabilizar as finanças e continuar as operações, mesmo diante de um contexto econômico difícil.

Apesar da crise, o Eataly Brasil manteve sua estratégia de continuar oferecendo produtos e serviços, com a promessa de que a recuperação judicial não afetaria o compromisso com colaboradores, fornecedores e clientes. A empresa destacou que está buscando mediação com credores não financeiros para resolver a situação de forma estruturada, mas o futuro da operação no Brasil ainda é incerto, com o risco de o processo de despejo ser retomado.

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