Mídia internacional repercute decisão de Moraes que proibiu viagem de Bolsonaro aos EUA

A imprensa internacional tem repercutido a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro na posse de Donald Trump, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negar a restituição do passaporte do ex-presidente. Com a decisão, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro viajou sozinha para representar o marido na solenidade, que ocorre nesta segunda-feira (20).

Nos jornais internacionais, foi destacado que Bolsonaro não ocupa uma posição que justifique sua presença na posse do republicano. Segundo o jornal The New York Times, o ex-presidente estaria buscando nos Estados Unidos uma solução para suas dificuldades legais no Brasil.

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“O ex-presidente brasileiro, pressionado por investigações criminais, olha para os EUA para mudar a política de sua nação – e talvez mantê-lo como um homem livre”, afirmou o periódico.

O The Washington Post abordou os conflitos entre Bolsonaro e o ministro do STF, especialmente as críticas do ex-presidente ao magistrado. “O juiz Alexandre de Moraes, que Bolsonaro chama frequentemente de seu inimigo pessoal, disse na decisão que o político de extrema-direita atualmente não ocupa nenhuma posição que lhe permitiria representar o Brasil no evento”, disse trecho da publicação.

O jornal britânico The Guardian informou que a apreensão do passaporte aconteceu em fevereiro, quando Bolsonaro foi alvo de uma operação que investiga uma suposta conspiração para impedir que seu “sucessor de esquerda assumisse o poder”.

O El País, jornal espanhol, também ressaltou que o ex-presidente enfrenta problemas legais, e que Michelle Bolsonaro viajou a Washington para representá-lo. Por fim, a France24 informou que a negativa para devolver o passaporte foi baseada no “temor de que Bolsonaro ainda represente um risco de fuga”.

Bolsonaro reagiu à decisão de Moraes

Após ter a restituição do passaporte negada por Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro se manifestou por meio das redes sociais. Na publicação, ele chamou a determinação de “decepção” e a comparou aos processos enfrentados por Trump. “Trump superou o ativismo judicial. Eu também superarei”, escreveu.