O Partido Social Democrático (PSD), comandado por Gilberto Kassab, está de olho na iminente reforma ministerial do Governo Lula como uma chance de ampliar sua influência na Esplanada. As articulações da sigla já começaram e têm como objetivo garantir uma pasta mais relevante para um deputado do partido.
Atualmente, o PSD ocupa o Ministério da Pesca, chefiado pelo deputado federal licenciado André de Paula; o Ministério da Agricultura, sob gestão do ministro Carlos Fávaro; e o Ministério de Minas e Energia, chefiado pelo ministro Alexandre Silveira.
Agora, a sigla pretende trocar a Pesca por uma pasta mais relevante. Isso também decorre de uma avaliação feita pelos deputados da legenda, que perceberam que as pastas mais importantes ficaram com as lideranças do Senado. Com isso, o partido quer que o Ministério da Agricultura fique com um deputado. Alguns dos nomes cotados pelo movimento do PSD para a Agricultura são: Antonio Brito (PSD-BA), Hugo Leal (PSD-RJ) e Pedro Paulo (PSD-RJ).
Entretanto, as lideranças do Senado não querem abrir mão dos cargos de relevância. Uma das proposições é que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, assuma um cargo no primeiro escalão após a eleição para a Mesa Diretora, que acontece em fevereiro.
Reforma ministerial iminente
Tanto as tensões internas no PSD quanto outras negociações fizeram com que o governo indicasse uma reforma mais ampla nos ministérios após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Conforme adiantado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, apenas mudanças pontuais são previstas neste primeiro momento.
Alguns colegas de partido na Câmara Federal criticam a postura do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por seu distanciamento com os deputados e falhas no cumprimento de acordos. Apesar disso, tanto ele quanto Fávaro são bem avaliados no Planalto, o que pode dificultar as negociações com os deputados do PSD na Câmara.
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