O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta sexta-feira (17), os pedidos de férias de quatro ministros do seu governo: Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Juscelino Filho (Comunicações), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Anielle Franco (Igualdade Racial). Eles terão períodos de descanso entre 21 e 31 de janeiro. A decisão ocorre em um momento de discussões sobre uma possível reforma ministerial, que pode afetar a estrutura do governo ainda neste ano.
De acordo com a medida, os ministros terão os seguintes períodos de férias: Márcio Macêdo ficará ausente entre 21 e 25 de janeiro; Juscelino Filho, de 21 a 30 de janeiro; Jorge Messias, de 21 a 31 de janeiro; e Anielle Franco, de 21 a 24 de janeiro. A concessão de férias acontece em meio à expectativa de que Lula avance em mudanças na composição de seu governo para fortalecer a governabilidade no Congresso.
Desde o ano passado, o presidente Lula avalia realizar uma reforma ministerial, com a possível inclusão de aliados do centrão em seu primeiro escalão. A reforma visa, principalmente, melhorar a relação com o Parlamento, o que pode incluir modificações nos ministérios das Mulheres e da Saúde, além das secretarias da Presidência e das Relações Institucionais. As mudanças estão previstas para ocorrer após a eleição das presidências da Câmara e do Senado, que acontecerão no início de fevereiro.
Entre os ministros que podem passar por mudanças, o cargo de ministro da Defesa é um dos mais debatidos. José Mucio, que ocupa a pasta, tem manifestado disposição para deixar o cargo, embora tenha aceitado a função com a promessa de permanecer por dois anos. Mucio já apresentou uma lista de possíveis sucessores, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o senador Jaques Wagner (PT-BA).
No entanto, o presidente Lula tem tentado manter Mucio à frente do Ministério da Defesa, devido à sua proximidade com as Forças Armadas e ao papel desempenhado por ele em "despolitizar" a instituição desde o início do governo.
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