A Justiça Eleitoral determinou a suspensão temporária dos perfis em redes sociais de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, usados para monetização. A decisão, que cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral-SP, foi concedida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, após ação movida pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral.
Na representação, o PSB solicita a abertura de um inquérito contra Marçal por pagar seguidores que distribuem cortes de seus vídeos nas redes sociais.
O juiz destacou que a decisão não tolhe a criação de perfis para propaganda eleitoral, mas suspende aqueles que buscaram a monetização dos cortes por meio de terceiros interessados. Segundo ele, “monetizar cortes” equivale a disseminar continuamente uma imagem “sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral.”
O juiz ainda sustentou que o poderio econômico de Marçal reitera um contínuo dano e confronta a regra de um certame justo e proporcional. Em live nas redes sociais logo após a decisão, Marçal afirmou estar sendo censurado. Ele mobilizou seus seguidores a questionarem a sentença e prometeu vencer a eleição no primeiro turno.
Embora a decisão tenha efeito imediato, as plataformas só serão obrigadas a cumprir após serem oficialmente notificadas. Até as 13h27, todos os perfis ainda estavam no ar e eram usados para divulgar as contas “reservas” criadas por sua campanha.
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