O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), associou o vazamento das mensagens de seus ex-assessores a uma suposta organização criminosa que teria o objetivo de cassar os integrantes da Suprema Corte até fechá-la definitivamente. Tal análise consta no inquérito aberto pelo magistrado na segunda-feira (19).
“O vazamento e a divulgação de mensagens particulares trocadas entre servidores dos referidos tribunais se revelam como novos indícios da atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”, escreveu Alexandre de Moraes, na abertura do novo inquérito.
Segundo o ministro do STF, essa organização age na internet, compartilhando mensagens com o objetivo de supostamente derrubar o Estado de Direito no Brasil.
“Essa organização criminosa, ostensivamente, atenta contra a Democracia e o Estado de Direito, especificamente contra o Poder Judiciário e em especial contra o Supremo Tribunal Federal, pleiteando a cassação de seus membros e o próprio fechamento da Corte Máxima do país, com o retorno da ditadura e o afastamento da fiel observância da Constituição Federal”, destacou Moraes.
Ex-assessor presta depoimento
Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prestou depoimento na Polícia Federal nessa quinta-feira (22). A suspeita é de que as mensagens vazadas, divulgadas pela Folha de S. Paulo, tenham saído do seu celular.
Logo após o depoimento, Alexandre de Moraes atendeu a pedido da PF e autorizou a apreensão do aparelho de Tagliaferro.
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