Nessa segunda-feira (15), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou que Jair Bolsonaro tinha conhecimento da gravação em áudio de uma reunião realizada em 25 de agosto de 2020. Na ocasião, o ex-presidente falou sobre a defesa contra a quebra do sigilo fiscal de seu filho, Flávio Bolsonaro.
O áudio veio a público depois da Polícia Federal deflagrar mais uma fase da operação que investiga um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que teria beneficiado Bolsonaro. Em vídeo divulgado no X, Ramagem declarou que o objetivo da gravação seria registrar uma tentativa de chantagem de um emissário do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Relato sobre a reunião de agosto de 2020.
— Delegado Ramagem (@delegadoramagem) July 15, 2024
O Presidente Bolsonaro sempre se manifestou na reunião por não querer favorecimentos ou jeitinhos.
Eu me manifestei contrariamente à atuação do GSI no tema, indicando o caminho por procedimento administrativo pela Receita Federal,… pic.twitter.com/74JYjH7jkq
O deputado federal negou qualquer chantagem e alegou que Bolsonaro pode ter tido uma “confusão mental”. “Essa gravação não foi clandestina. Havia o aval e o conhecimento do presidente. A gravação aconteceu porque havia uma informação de uma pessoa que viria na reunião, que teria um contato com o governador do Rio, à época, poderia vir com uma proposta nada republicana”, afirmou.
Ramagem também declarou que a gravação buscava “registrar um crime”, mas foi descartada por não ocorrer nenhuma proposta. “A gravação, portanto, seria para registrar um crime, um crime contra o presidente da república. Só que isso não aconteceu, a gravação foi descartada”, pontuou.
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