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Justiça do Rio Grande do Sul nega habeas corpus a Nego Di

Em 2022, Nego Di e um sócio abriram uma loja online que vendeu produtos nunca entregues aos clientes.

A Justiça do Rio Grande do Sul negou, na noite de segunda-feira (15), o habeas corpus solicitado pela defesa de Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. O influenciador e humorista está preso preventivamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde domingo (14), sob suspeita de estelionato. Em 2022, Nego Di e um sócio abriram uma loja online que vendeu produtos nunca entregues, causando um prejuízo estimado em R$ 5 milhões. O parceiro de negócios está foragido.

Segundo a Polícia Civil, quase 400 vítimas foram identificadas no golpe. A investigação aponta que a loja virtual "Tadizuera" operou entre março e julho de 2022, quando a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nego Di usava sua imagem para promover os produtos, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, com preços abaixo do mercado. Apesar de prometer entregas, não havia estoque, e ele movimentava o dinheiro das contas da empresa.


Os advogados de Nego Di afirmaram confiar que o Poder Judiciário verificará a desnecessidade da prisão preventiva, mas não detalharam os argumentos usados para tentar a liberdade do influenciador. A Justiça manteve a prisão com base em argumentos do Ministério Público, destacando o risco de fuga e a possibilidade de Nego Di continuar cometendo crimes. O delegado Cristiano Reschke afirmou que há indícios suficientes da participação dele nos estelionatos.

Antes da prisão, Nego Di comentou em sua conta de X (antigo Twitter) que já esperava o ocorrido. Participante do Big Brother Brasil em 2021, ele entrou como influenciador digital e comediante, sendo o terceiro eliminado do programa. Após o reality, Nego Di promoveu rifas nas redes sociais, prática investigada pelo Ministério Público, e já sofreu sanções por divulgação de fake news.

A Polícia Civil tentou intimar Nego Di várias vezes, sem sucesso. O prejuízo estimado dos 370 clientes lesados é superior a R$ 330 mil, mas as movimentações bancárias são milionárias, sugerindo que o número de vítimas seja maior. As autoridades acreditam que muitas pessoas não procuraram a polícia para representar criminalmente contra o influenciador.

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