A Polícia Federal (PF) mudou o posicionamento e indiciou a família Mantovani nesta segunda-feira (03), pelo tumulto no Aeroporto de Roma que envolveu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o filho dele, Alexandre Barci. Dois meses após ter concluído o inquérito sem indiciamentos, em fevereiro deste ano, a corporação resolveu indiciar o empresário Roberto Mantovani Filho, a esposa Andréia Munarão e o genro do casal, Alex Zanatta. Ambos negam que tenha ocorrido agressão.
O advogado Ralph Tórtima, que compõe a defesa da família, pontuou que não há explícita motivação para a mudança brusca sobre o parecer da corporação. “Causa perplexidade e enorme surpresa. Recorde-se que ela nasce da mesma PF que, não faz muito, opinou expressamente pelo arquivamento das investigações. Destaque-se: essa drástica mudança acontece sem que nada de novo, nenhuma outra prova, tenha sido juntada aos autos. Este inquérito, que já havia sido relatado, lamentavelmente tem se revelado um verdadeiro ‘vale tudo’”, pontuou o advogado.
Novo delegado
A investigação sobre o episódio envolvendo o ministro Alexandre de Moraes e a família Mantovani sofreu uma reviravolta, após mudança na condução da investigação sobre o caso. Isso porque o delegado Thiago Severo de Rezende, que agora preside o inquérito, descordou do posicionamento anterior da Polícia Federal.
Segundo ele, mesmo que o momento da discussão não tenha áudio, “todas as circunstâncias que envolvem o fato vão de encontro com a versão apresentada pelos agressores”. Ainda assim, o delegado afirma que a versão de Moraes, em que ele diz ter sido hostilizado por razões políticas, é “totalmente coerente e apoiada nos demais meios de prova”.
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