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Com surtos psicóticos, envolvido no 08 de janeiro é preso por ordem de Moraes

José Cezar Duarte Carlos, de 33 anos, foi condenado a 17 anos de prisão por participar das manifestações.

O motoboy e personal trainer José Cezar Duarte Carlos, de 33 anos, foi preso no dia 06 de junho por agentes da Polícia Federal (PF), após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão por participar das manifestações do 08 de janeiro, no Palácio do Planalto, onde chegou a ser detido. A sentença é do dia 11 de março.

Na ocasião, o mandado de prisão contra o personal foi expedido após autorização do ministro Alexandre de Moraes. Conforme documento da PF, a prisão se deu pelo “receio de possível fuga” de Carlos, visto que dias antes da operação foi veiculado no portal Uol a presença de “foragidos” na Argentina e Uruguai.


Foto: Divulgação/XJosé Carlos e Valquíria Xavier
José Carlos e Valquíria Xavier

Por conta disso, o ministro do STF opinou pela expedição de ordens judiciais de prisão das pessoas no exterior e no Brasil. Segundo a advogada Bruna Cavalcante, que faz a defesa de Carlos, o réu ainda possui um recurso no STF, ou seja, o processo ainda não havia transitado em julgado.

A situação fica ainda mais delicada ao tomar conhecimento que o personal foi diagnosticado com Transtorno Afetivo Bipolar com surto psicótico em 2020. A informação, confirmada pela noiva de Carlos, a advogada Valquíria Xavier, também aponta que ele estava se recuperando de uma crise que teve ao descobrir que foi condenado, antes de ir para a Penitenciária Nelson Hungria, na cidade de Contagem, em Minas Gerais.

Valquíria relatou que o noivo sofreu outra crise no presídio, após receber ameaças de detentos. “Agora, está recebendo tratamento na enfermaria do presídio, recobrou a consciência, mas está muito triste e depressivo”, afirmou a noiva de Carlos. Ao voltar para o cárcere, o personal ficou abatido, e se recusava a comer, beber, fazer higiene pessoal e a tomar a medicação que necessita.

Outro ponto agravante em toda a situação é que o relatório médico da unidade prisional atestou que o local não tem condições de fornecer o tratamento adequado para Carlos. A filha do réu, de apenas 11 anos, depende financeiramente dele, e por conta da prisão do pai, a menina está “com sofrimento mental”, segundo Valquíria Xavier.

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