A Vale, em parceria com a mineradora australiana BHP, propôs um acordo de R$ 72 bilhões para encerrar a judicialização pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015. A proposta, anunciada nesta segunda-feira (29), inclui também o pagamento de R$ 18 bilhões em “obrigações a fazer”. Se aceita, a indenização total alcançará R$ 127 bilhões, considerando os R$ 37 bilhões já aportados pelas mineradoras.
As empresas são sócias da Samarco, responsável pela tragédia que resultou na morte de 19 pessoas e causou uma destruição ambiental sem precedentes no Rio Doce e nas cidades mineiras do entorno, além de municípios do Espírito Santo. O desastre é considerado um dos maiores acidentes ambientais da história do Brasil.
O acordo proposto pela Vale prevê um pagamento bilionário ao governo federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios afetados pelo desastre. A proposta busca a liquidação definitiva das obrigações previstas no Termo de Transação, na demanda judicial do Ministério Público Federal e em outras ações judiciais de entidades governamentais relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco.
A Vale ressaltou que a proposta de indenização ainda não é vinculante. As companhias mantêm negociações com as autoridades públicas para alcançar os termos definitivos do acordo.
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