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Governo Lula autoriza instituto dos irmãos Batista a abrir faculdade

A portaria foi publicada na edição do Jornal Oficial da União da última quinta-feira (11).

O ministro da Educação, Camilo Santana, autorizou o Instituto J&F, presidido por Joesley Batista, a abrir uma faculdade. A portaria foi publicada na edição do Jornal Oficial da União da última quinta-feira (11). O pedido para abertura da Faculdade Germinare recebeu parecer favorável da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.

Com a autorização, que terá validade de 4 anos, a faculdade poderá oferecer cursos superiores na modalidade a distância. A faculdade funcionará no mesmo endereço do instituto, no Parque Anhanguera, em São Paulo.


O Instituto J&F foi fundado há 15 anos e tem pouco mais de mil alunos. Até então, a instituição oferecia cursos de educação básica e ensino médio.

O pedido para a criação da faculdade foi protocolado pelo instituto no MEC em outubro de 2021, ainda no governo de Jair Bolsonaro, mas, apenas agora, no governo Lula a instituição de ensino superior foi credenciada.

O primeiro curso da faculdade gerenciada por Joesley Batista será de gestão comercial, com 150 vagas e duração de dois anos. As aulas serão a distância. Contudo, a instituição tem a pretensão de abrir outros oito cursos: produção industrial, varejo, finanças, processos gerenciais, tecnologia da informação, análise e desenvolvimento de sistemas, marketing e educação corporativa.

J&F tenta se livrar de multas por corrupção

A empresa J&F tenta se livrar de multas e sanções que aceitou pagar em 2017 para se livrar de processos penais por corrupção. Uma das multas, de R$ 10,3 bilhões, está suspensa por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A empresa afirma que houve coação para que assinasse o acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), embora não tenha apresentado qualquer prova dessa alegação. O MPF nega a acusação e sustenta, por exemplo, que a empresa estava amparada por amplo corpo de advogados, o que impediria qualquer mácula no acordo assinado. A J&F também tenta anular multas de acordos celebrados com a Controladoria Geral da União.

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