O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou decisões do ex-juiz federal Sergio Moro contra 23 alvos de processos no âmbito da Operação Lava Jato. As decisões foram proferidas entre a terça-feira (5) e esta quinta-feira (7).
Os beneficiados pelas decisões de Toffoli também foram alvos das operações Integração, Quadro Negro e Piloto, que apuravam suspeitas de corrupção envolvendo o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que atualmente é deputado federal. Ele já havia sido beneficiado por uma decisão de Toffoli em dezembro de 2023, quando o ministro anulou todos os processos em seu desfavor.
No entendimento do ministro do STF, houve manipulações, atuação ilegal e conluio entre a Justiça e o Ministério Público Federal (MPF) nos processos envolvendo Richa.
Com a decisão favorável ao ex-governador do Paraná, outros alvos das operações pediram a extensão do veredito, segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. O pedido foi aceito por Dias Toffoli, que declarou nulidade absoluta de todos os atos de Sergio Moro e da força-tarefa da Lava Jato.
Além de Beto Richa, foram beneficiados: Fernanda Bernadi Vieira Richa e André Vieira Richa, esposa e filho do ex-governador; Dirceu Pupo, contador do ex-governador; Ricardo Rached, ex-assessor de Richa; Jorge Theodócio Atherino, suposto operador do tucano; Rodrigo Tacla Duran, advogado; e representantes de concessionárias rodoviárias, como Daniel Ramos Victorino, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, Gustavo Müssnich, José Terbai Jr, Ruy Sérgio Giublin e Carlos Lobato.
Ainda há 11 pedidos a serem analisados por Toffoli. Caso sejam anulados, 16 pessoas ou empresas serão beneficiadas.
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