A Faculdade São Leopoldo Mandic, que oferta cursos de Medicina em São Paulo, decidiu pela expulsão da estudante Bianca Cestari, de 18 anos, condenada pelo assassinato da amiga Isabele Guimarães Ramos. Na época em que o crime ocorreu, as duas tinham 14 anos. Bianca foi condenada enquanto ainda era menor de idade, e foi solta após cumprimento da pena.
Em 2020, as duas meninas, que eram vizinhas, estavam na casa de Bianca, localizada em um condomínio de luxo em Cuiabá, capital do Mato Grosso. Enquanto estavam no quarto, Isabele Guimarães foi morta com um tiro no rosto, disparado pela sua amiga. A bala acabou atravessando o rosto da adolescente, perfurando o nariz e saindo pela nuca.
O Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT) acatou recurso da família de Bianca, e a condenou pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Quatro anos após o crime, a estudante resolveu cursar Medicina, mas logo teve o curso interrompido por decisão da instituição de ensino.
Assim que pais de alunos foram informados que Bianca Cestari estava matriculada, manifestaram o seu descontentamento junto à faculdade São Leopoldo Mandic. Em entrevista ao jornal O Globo, a mãe relatou o terror de saber que a filha estava na mesma turma de Bianca “Essa estudante matou a melhor amiga com um tiro bem no meio do rosto. Quem me garante que ela não vai fazer isso de novo? Não estou nem dormindo direito”, afirmou.
Diante da indignação coletiva, a faculdade se posicionou sobre o caso, e atestou que “a presença da aluna gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico”, em seguida, decidindo pela expulsão da estudante. As mensalidades pagas do curso, de R$ 13 mil mensais, serão estornadas.
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