A bancada do PT vive um novo racha interno após a negociação entre o partido e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Casa. O acordo incluía uma promessa de Lira de apoiar a indicação de um nome do PT para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), com base nas futuras aposentadorias de dois ministros indicados pela Câmara. Esse cenário abriu espaço para disputas políticas dentro do partido.
A disputa interna no PT envolve principalmente dois nomes: Gleisi Hoffmann, atual presidente do partido, e Odair Cunha, líder da bancada na Câmara. Outros nomes também são cogitados, como o líder do governo, José Guimarães, e ministros do governo como Luiz Marinho e Paulo Teixeira. No entanto, a escolha do candidato à vaga no TCU precisa ser aprovada pela maioria do plenário da Câmara.
Apesar dessas disputas internas, o PT decidiu apoiar Hugo Motta para a presidência da Câmara, com a justificativa de que esse apoio garantiria a estabilidade política e a governabilidade. A vaga no TCU é considerada uma espécie de "prêmio político", frequentemente negociada em troca de apoio em outras disputas. No passado, a indicação para o tribunal já foi usada em articulações de peso, como em 2021, quando o Senado indicou Antônio Anastasia para o cargo como parte de um acordo que visava a eleição de Rodrigo Pacheco à presidência do Senado.
Agora, o PT busca garantir que a escolha do seu nome para o TCU seja respaldada por uma negociação com Lira, em troca do apoio à gestão de Hugo Motta na presidência da Câmara. A expectativa é que o partido use sua influência para garantir a aprovação do candidato indicado para o TCU, reforçando sua posição no cenário político.
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