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Responsável por assinar exames de HIV errados se entrega à polícia no RJ

Acusada de usar carimbo de registro profissional de outra pessoa para liberar laudos de órgãos com HIV.

Na tarde desta terça-feira (15), a funcionária do laboratório PCS Lab Saleme se entregou à Polícia Civil. Ela foi responsável por assinar os exames de HIV errados que resultaram na infecção de seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro.

Jacqueline Iris Bacellar de Assis, de 36 anos, se entregou à polícia, após estar foragida desde a emissão de um mandado de prisão temporária expedido nessa segunda-feira (14). Jacqueline, que atuava como auxiliar administrativa no laboratório, se apresentou na Delegacia do Consumidor, na zona norte do Rio de Janeiro, acompanhada de dois advogados e sem fazer declarações à imprensa.

Foto: Reprodução/Agência BrasilInstalação da PCS Lab Saleme, responsável pelos exames de transplantes que infectaram seis pacientes com HIV, no Rio de Janeiro
Instalação da PCS Lab Saleme, responsável pelos exames de transplantes que infectaram seis pacientes com HIV, no Rio de Janeiro

Ela é acusada de usar carimbo de registro profissional de outra pessoa para liberar laudos de órgãos de uma paciente de 40 anos portadora de HIV. Além disso, os Conselhos de Biomedicina e Farmácia confirmaram que Jacqueline não possui registro profissional. O laboratório que opera desde 1969, alega ter recebido o documento de Jacqueline em sua contratação.

A empresa afirmou em nota que dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados e seus familiares e que está a disposição das autoridades para a investigação sobre o caso.

Contratado pela Secretaria de Estado de Saúde para testar doadores de órgãos, o laboratório firmou um contrato em dezembro de 2023, com duração de 12 meses e valor total aproximado de R$ 11 milhões.

Em resposta à situação, a secretaria criou uma comissão multidisciplinar para atender os pacientes afetados e suspendeu o contrato com o laboratório. Novos exames serão realizados pelo Hemorio, e um rastreio das amostras de sangue dos doadores armazenadas desde a data da contratação está em andamento.

De acordo com a Polícia Civil do RJ, as investigações indicam que os laudos foram falsificados por um grupo criminoso, induzindo as equipes médicas ao erro. “As investigações indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou à contaminação dos pacientes. Um dos pacientes veio a falecer, com as causas da morte ainda sob investigação”, afirmou a polícia.

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