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Ministério Público investigará ex-assessora de Anielle Franco

O órgão ministerial vai investigar possível crime cometido por Marcelle Decothé em postagens ofensivas.

O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para investigar possível crime cometido por Marcelle Decothé, ex-assessora de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial em postagens feitas durante o jogo da final da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo, no domingo (24).

As postagens ofensivas atingiram torcedores do São Paulo, paulistas e pessoas brancas, além de europeus.


Foto: Reprodução/XMarcelle Decothé da silva foi exonerada do MIR
Marcelle Decothé da silva foi exonerada do MIR

O inquérito foi aberto após o subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais, José Carlos Cosenzo, encaminhar uma notícia de fato à Promotoria Criminal do MPSP para que as declarações da ex-assessora de Anielle Franco fossem investigadas.

Marcelle foi à final da Copa do Brasil, no Morumbi, com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). As duas são flamenguistas.

No estádio, a ex-assessora fez uma postagem nos stories (publicações que ficam no ar 24 horas) do Instagram e publicou um vídeo nos quais ofende pessoas brancas, são-paulinos, paulistas e europeus.

“Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade. Pior tudo de pauliste”, escreveu a ex-assessora de Anielle, usando “linguagem neutra”.

Deputado também pede investigação

O deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL) também protocolou uma notícia-crime contra Marcelle no Ministério Público de São Paulo na terça-feira (26). “Marcelle praticou discriminação por cor e procedência nacional, uma vez que afirmou que a torcida branca é descendente de europeu safado (cor e procedência nacional) e fez ainda uma relação entre eles e o fato de serem paulistas (procedência nacional). Nesse sentido, Marcelle Decothé da Silva, praticou, em tese, o crime de discriminação racial, qualificado pelo fato de ter sido praticado por intermédio de rede social e em contexto de atividades esportivas”, escreveu Bilynskyj.

Exoneração

Marcelle foi exonerada do cargo na terça. Em nota, a pasta afirmou que “as manifestações públicas da servidora em suas redes estão em evidente desacordo com as políticas e os objetivos do MIR [Ministério da Igualdade Racial]”.

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