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Ministério da Saúde fecha contrato milionário com empresa de um funcionário

O acordo foi assinado em abril, com um fornecimento de 293,5 mil frascos de imunoglobulina humana.

O Ministério da Saúde assinou contrato, com dispensa de licitação, de R$ 285,8 milhões, com uma microempresa de Goiânia que tem apenas um funcionário registrado até março e com um capital social de R$ 1,3 milhões. O acordo foi assinado em abril, para o fornecimento de 293,5 mil frascos de imunoglobulina humana, medicamento produzido a partir do sangue.

O medicamento é usado para melhorar a imunidade dos pacientes que sofrem com uma série de doenças, inclusive a síndrome de Guillain-Barré, um distúrbio autoimune, onde o sistema imunológico do próprio corpo que ataca parte do sistema nervoso. Segundo o Metrópoles, as investigações apuraram suspeita de fraude em licitação no Ministério da Saúde em compras hemoderivados, o que incluí a imunoglobulina.


Além disso, a empresa Auramedi representa nacionalmente a chinesa Nanjing Pharmacare. O contrato é firmado pelo ministério com a asiática, com a empresa goiana sendo a representante. No Brasil, a companhia chinesa também é representada pela Panamerican Medical Supply. A empresa tem Marcelo Pupkin Pitta, que foi preso em 2004 pela Operação Vampiro e em 2007, como um dos sócios.

A empresa, que foi criada em 2013, tem apenas Fábio Granieri de Oliveira como sócio. Ele e a empresa são réus por improbidade administrativa em uma ação popular no Tribunal de Justiça do Pará. Tanto a empresa quanto o sócio são apontados como suspeitos de fraude em uma contratação durante a pandemia da covid-19 no Pará, em Parauapebas. Porém, a companhia não tem restrições para firmar contrato com o Poder Público.

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