O Sul do Brasil, que foi abalado pela passagem de um ciclone extratropical, ainda vai demorar para voltar a tranquilidade, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com a previsão do órgão, a região deve sofrer com mais enchentes e deslizamentos de terra até março de 2024, quando acaba o verão do Hemisfério Sul.
Ainda assim, o Inmet informou que as correntes polares tendem a se enfraquecer na região, o que pode reduzir o risco de geadas. Contastrando com as enchentes, nos próximos meses o fenômeno El Niño passa pelo Nordeste e o Norte do país, deixando um rastro de seca e aumento dos focos de incêndio nas regiões.
O fenômeno é um resultado do aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial, com as temperaturas chegando a marcar 0,5° C acima da média, ocasionado pela diminuição da intensidade ou inversão de direção dos ventos asílios no Pacífico.
O agrometeorologista Cleverson Freitas alertou para que as autoridades tomem medidas para prevenir grandes prejuízos, visto que ainda não se sabe a intensidade do El Niño. “A discordância está na intensidade do El Niño nos próximos meses. Diante disso, a incerteza nos modelos torna crucial o monitoramento contínuo do fenômeno e os possíveis impactos em diferentes regiões do Brasil”, alertou o especialista.
Ver todos os comentários | 0 |