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Cantor Mc Marcinho morre aos 45 anos no Rio de Janeiro

Informação da morte foi confirmada pela Rede D'Or, em nota assinada pelo diretor médico Marcelo London.

MC Marcinho, um dos pioneiros e expoentes do funk melody no Rio de Janeiro, morreu neste sábado (26) aos 45 anos, após complicações cardíacas que o deixaram internado por quase dois meses. O cantor e compositor era famoso por sucessos como “Rap do Solitário”, “Princesa”, “Glamurosa” e “Garota nota 100”. A informação da morte foi confirmada pela Rede D'Or, em nota assinada por Marcelo London, diretor médico do Copa D'Or.

Nascido em Duque de Caxias em 1977, filho de um sambista, Márcio André Nepomuceno foi criado em Bangu, na zona Oeste do Rio. Ainda na adolescência, ele compôs o seu primeiro rap para um festival de galeras: o “Rap do solitário”, que lhe rendeu o prêmio de vencedor. Nos anos 1990, formou uma dupla com a namorada, a MC Cacau, e lançou o CD “Porque te amo” (1997), pela gravadora Afegan, do DJ Marlboro.


Foto: Reprodução/ InstagramMC Marcinho
MC Marcinho

Em 1998, Marcinho lançou o primeiro CD solo, “Sempre Solitário”, que incluiu a música “Garota nota 100”, também produzida por Marlboro. No ano seguinte, lançou “Valeu shock”, que teve como destaque a música “Motivos da vida”. No início dos anos 2000, ele se adaptou ao funk mais erotizado e festeiro e lançou o seu maior hit: “Glamurosa”, inspirada na apresentadora Xuxa.

Em 2006, MC Marcinho sofreu um grave acidente automobilístico e chegou a se apresentar em uma cadeira de rodas até se recuperar. Em 2007, Lulu Santos gravou uma música de sua autoria, “Se não fosse o funk”. Em 2011, ele lançou o CD/ DVD “Tudo é festa”, com participações de Sandra de Sá, Flávia Santana, MC Sapão, Regina Casé, entre outros. Em 2014, ele participou da coletânea “Pancadão das marchinhas”, com versões de clássicos do carnaval.

Os problemas de saúde foram uma constante nos últimos anos. Em 2012, ele foi internado com suspeita de pneumonia. Em 2019, teve um princípio de infarto e, em 2020, contraiu a Covid-19. Em 2021, ele ficou em coma por quatro dias por causa de uma infecção bacteriana no pé esquerdo. Em julho, ele implantou um marca-passo após ter problemas cardíacos. Em agosto, ele entrou para a fila de espera por um transplante de coração, mas uma infecção generalizada o tirou da lista.

MC Marcinho deixa esposa Kelly Garcia e três filhos. Ele foi homenageado por diversos artistas do funk, que formaram uma corrente de solidariedade para ajudá-lo nos momentos difíceis. Ele é considerado um dos maiores nomes do gênero e um ícone da cultura popular brasileira.

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