O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (6) que pretende ligar para o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e “fazer um apelo”, pedindo que ele oriente os deputados do PL a votarem “de acordo com o que pensam do texto”. A votação está prevista para acontecer até a sexta-feira (7), mas vale lembrar que já foi adiada algumas vezes.
“Que dê oportunidade aos parlamentares desse partido — que é um partido importante, com 99 parlamentares —, para que eles possam expressar-se de acordo com o que pensam do texto, e não com a posição político-partidária de debates entre opostos”, disse Lira em entrevista à Band News.
O presidente da Câmara dos Deputados justificou a vontade de ligar para Bolsonaro dizendo que “certamente, o posicionamento de um ex-presidente da República tem muito peso”. Ao longo da semana, Lira tem afirmado que a matéria é importante para o avanço econômico do país, e reforçado o pedido do fim da politização do tema.
Por outro lado, Bolsonaro, que também vem falando sobre o tema desde a terça (4), já disse que o texto da reforma tributária é “um soco no estômago dos mais pobres” e chamou de “PEC da Discórdia”.
Ainda de acordo com Lira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e os senadores Rogério Marinho (PL-CE) e Ciro Nogueira (PP-PI) também estão trabalhando para que o PL não oriente o voto contrário a reforma tributária.
Votação
A reforma tributária foi enviada ao Congresso em forma de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e para ser aprovada, precisa que 3/5 dos deputados votem favoráveis ao texto. Hoje, 3/5 dos deputados equivale a 308 votos.
O maior bloco da Câmara dos Deputados é formado pelo PP, sigla de Lira, e pelas seguintes legendas: União, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota. Juntos, os partidos têm 174 deputados. No grupo, as siglas que apresentam maior resistência à reforma são o União e PSDB.
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