O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de denúncias ameaças de ataques a instituições de ensino publicadas na internet. A iniciativa se dá após os dois casos recentes registrados no Brasil, o primeiro deles em São Paulo, onde uma professora foi morta, e o outro ocorrido na quinta-feira (5), quando quatro crianças foram assassinadas em uma creche na cidade de Blumenau (SC).
A plataforma do Ministério da Justiça pode ser acessada através desse endereço eletrônico: www.mj.gov.br/escolasegura. Todas as denúncias enviadas serão mantidas sob sigilo.
Os dados informados em cada denúncia serão analisados pela equipe do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi), que atua no assessoramento de investigações sobre crimes virtuais no Brasil. O grupo agora conta com 50 policiais, que nos próximos dias irão se dedicar exclusivamente, e em regime de plantão 24 horas, ao monitoramento das ameaças contra escolas na internet.
Ataques a escolas
No dia 27 de março a professora Elisabete Tenreiro, 71 anos, morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas após serem esfaqueadas por um aluno de 13 anos, durante ataque a escola estadual Thomazia Montoro, localizada na zona oeste de São Paulo (SP). O agressor, que cursava o oitavo ano do ensino fundamental na escola, foi desarmado por professoras e está internado em uma unidade da Fundação Casa.
Já em Blumenau (SC), a tragédia foi ainda maior. Um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, armado com uma machadinha, e matou quatro crianças: Bernardo Pabst da Cunha e Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos; Bernardo Cunha Machado, 5 anos; e Larissa Maia Toldo, de 7 anos. O criminoso ainda feriu outras cinco crianças. Ele foi preso em seguida.
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