Pesquisa publicada na Revista Nature aponta que áreas com maior intervenção humana apresentam maiores índices populacionais de onças-pintadas. O estudo, feito em parceria com organizações ambientais, foi publicado na última quarta-feira (15), e aponta que áreas de desmatamento, expansão agrícola, pastagens para gado, terras agrícolas e incêndios florestais fazem com que o animal saia para atacar muitos lugares.
“As fronteiras agrícolas estão chegando mais próximas. Além disso, tem mais caçadores dentro dessas áreas. Esses caras caçam, e caçam a presa da onça”, apontou um dos autores, Marcelo Oliveira, especialista em conservação e líder do programa de proteção de espécies ameaçadas do WWF-Brasil.
Para ele, as áreas de proteção ambiental, as terras indígenas por exemplo, são responsáveis por garantir a segurança dessas onças-pintadas por conta das restrições impostas pelo uso do solo. Ou seja, as áreas de preservação atuam como santuários tanto para as onças-pintadas, como também para a biodiversidade.
Com o objetivo de garantir maior preservação desses lugares, os autores da pesquisa defendem maior financiamento à essas áreas e aos institutos de regulação. “Precisamos fortalecer a gestão dessas áreas. Nos últimos quatro anos, foi extremamente difícil com o enfraquecimento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e outros órgão que realizam a fiscalização desses territórios.
A pesquisa foi publicada pela organização não governamental WWF em conjunto com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e por pesquisadores parceiros.
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