Pedro Oliveira
O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Fábio Nunes de Martino, absolveu o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, no processo em que era denunciado por lavagem de dinheiro em contratos com as empreiteiras Engevix e UTC. A decisão judicial foi publicada nessa quinta-feira, 07 de dezembro. Na sentença, o magistrado da 13ª Vara Federal de Curitiba afirma que os contratos celebrados tinham "claro objetivo de encobrir o pagamento de propina em favor do grupo político encabeçado por José Dirceu", mas não a intenção de dissimular ou ocultar a origem dos recursos utilizados.
Ainda de acordo com a sentença, o Ministério Público Federal (MPF) não apresentou material que comprovasse a prática de lavagem de dinheiro por parte do aliado de Lula. O órgão ministerial apresentou a denúncia em 2017, no âmbito da Operação Lava Jato, no mesmo dia em que o STF decidiria sobre um pedido de liberdade provisória feito pela defesa do ex-ministro.
A movimentação, à época, foi interpretada como uma tentativa de pressionar a corte a negar a soltura. O habeas corpus, contudo, foi concedido, e Dirceu pôde aguardar em liberdade o julgamento de recursos processuais.
Outros denunciados
Além de José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, os ex-executivos das empreiteiras Walmir Pinheiro Santana e Gerson de Melo Almada, além de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro da Casa Civil foram denunciados na mesma peça o MPF. Na decisão dessa quinta-feira (07), o juiz Fábio Nunes de Martino absolveu todos os quadros, com exceção de Vaccari, que não é citado como réu no processo.
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