O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania confirmou que pagou por uma das viagens de Luciane Barbosa Farias, mais conhecida como “dama do tráfico amazonense”, à Brasília. Ela, que é mulher do chefe da organização criminosa Comando Vermelho no Amazonas, esteve duas vezes no Ministério da Justiça e Segurança Pública para participar de encontros com secretários e gestores.
Segundo a pasta, Luciane foi indicada para a viagem para participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura como representante amazonense. O ministério esclareceu ainda que os colegiados estaduais eram os reponsáveis por indicar os participantes.
“O Comitê de Prevenção e Combate à Tortura, por meio do Ofício n° 233/2023, solicitou aos Comitês Estadual de Prevenção e Combate dos à Tortura dos estados que indicassem representantes para participação da atividade. O Comitê estadual do Amazonas, por sua vez, indicou Luciane Barbosa Farias como representante a participar do evento. Todos os convidados tiveram suas passagens e diárias custeadas”, informou o Ministério dos Direitos Humanos.
“Importante destacar que os Comitês de Prevenção e Combate à Tortura possuem autonomia orçamentária e administrativa, e o custeio de passagens e diárias foi realizado com recursos de rubrica orçamentária destinado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ao Comitê, que observou as indicações dos comitês estaduais para a participação no encontro”, finalizou a pasta em sua nota.
Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, chefe do Comando Vermelho no Amazonas. Nas redes sociais, ela se apresenta como defensora da luta pelos direitos dos presos do sistema carcerário amazonense.
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