O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fez um sinal que representa o ato de degolar, nessa quarta-feira (28), durante o voto da ministra Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro, que manifestou-se a favor do presidente Jair Bolsonaro permanecer fazendo lives nos palácios da Alvorada e do Planalto. O pedido de impedimento partiu do presidenciável pelo PDT, Ciro Gomes.
Nas imagens da sessão, é possível observar o evidente semblante de desaprovação que expressou Alexandre de Moraes durante o voto da ministra e então, ele fez o gesto preocupante. Pouco tempo depois, o Tribunal formou maioria pela proibição de Bolsonaro fazer as lives nos palácios. Os ministros que votaram a favor do presidente foram: Carlos Horbach, Raul Araújo e Maria Cláudia. Já os ministro que votaram contra, foram Alexandre de Moraes, Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e Lewandowski.
SITUAÇÃO EXTREMAMENTE PREOCUPANTE - Na referida sessão, estava sendo tratado o impedimento do presidente Bolsonaro de produzir lives de sua residência oficial. Observem o gesto do Ministro Alexandre de Moraes no momento em que essa juíza profere seu voto em defesa do Presidente pic.twitter.com/KvuPbkGX3q
— Frankana 2️⃣2️⃣ ????????????????????⚫ (@Frankan67017372) September 28, 2022
Essa decisão do TSE em desfavor de Jair Bolsonaro, somou-se a outras do Tribunal contra o presidente. Até o momento, sob a presidência de Alexandre de Moraes, foram feitas pelo menos 16 intervenções contra a campanha à reeleição de Bolsonaro. Dentre elas, a decisão de proibir o chefe do Executivo de usar imagens do 7 de Setembro em sua campanha, o discurso em Londres e o pronunciamento oficial na Assembleia-Geral da Organização as Nações Unidas (ONU).
Posicionamento da ministra Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro
Na fundamentação de seu voto, a ministra considerou que as lives nos palácios não são atos vedados. Ela exemplificou que, em 2020, quando havia restrições a atos públicos por causa da pandemia de covid-19, políticos recorreram a lives, e muitas delas foram feitas em residências oficiais.
“Entendo que o fato de fazer uma live com estante de livro ou parede branca, mas na residência oficial, não agrega nenhum valor a uma live que seria feita em quarto de hotel, mas com fundo branco”, argumentou a ministra do TSE.
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