A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou nesta segunda-feira (12), novo recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o arquivamento da investigação contra empresários apoiadores do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou outro pedido da PGR para arquivar o inquérito que apura mensagens em um grupo de WhatsApp com suposto teor “golpista” por parte dos empresários. Moraes, que não havia analisado o mérito do pedido, que mostrava ausência de provas para justificar a operação realizada pela Polícia Federal (PF), entendeu que o recurso foi apresentado fora do prazo regimental de cinco dias e por isso negou o pedido.
PGR alega que pedido foi feito dentro do prazo
No novo recurso, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, afirma que seu último pedido foi apresentado dentro do prazo permitido.
Já Moraes disse em sua última decisão, que o pedido da PGR foi “manifestamente intempestivo”, pois foi protocolado 13 dias depois do prazo.
Conforme a vice-procuradora, a investigação se baseia somente em diálogos reproduzidos em matérias de jornais e não possuem fundamento para decretar as medidas de quebra de sigilo e busca e apreensão.
Operação da Polícia Federal
A Polícia Federal cumpriu em agosto deste ano, mandados de busca e apreensão em cinco estados contra vários empresários após o ministro Alexandre de Moraes determinar a operação.
A alegação de Moraes é que o grupo de empresários compartilhou supostos comentários de teor “golpista”, em conteúdo exposto pelo jornal Metrópoles, falando em algum tipo de ação caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições presidenciais deste ano.
Entre os alvos da operação estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira Filho (Grupo Coco Bambu).
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