O modelo e influenciador Bruno Fernandes Moreira Krupp, de 25 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira, 3, em um hospital no Méier, na zona norte do Rio de Janeiro. No último sábado, ele atropelou e matou um adolescente de 16 anos enquanto pilotava uma moto pela avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Krupp pilotava a motocicleta mesmo sem ter habilitação.
Bruno Krupp teve mandado de prisão preventiva expedido nesta quarta-feira pela juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do plantão judiciário. Em sua decisão, a juíza destacou que “mesmo tendo sido parado em uma blitz três dias antes, nas condições acima descritas (altíssima velocidade, com a moto sem placa, sem habilitação e, ainda, recusando-se a submeter-se ao exame do bafômetro), [Bruno] persistiu numa conduta assaz perigosa, cujo resultado era plenamente previsível, em uma via de muito movimento, quando a vítima atravessava na faixa de pedestres, imediatamente abaixo do semáforo”. Assim, ele irá responder por homicídio com dolo eventual.
No pedido de prisão feito à Justiça, a Polícia Civil informou que as investigações apontaram que, no momento do acidente, o modelo pilotava a moto a cerca de 150 km/h - a velocidade máxima naquela via é de 60 km/h. A polícia informou ainda que Bruno tem anotações criminais por estelionato e estupro.
O acidente aconteceu na noite de sábado, quando o modelo atropelou o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, que atravessava uma faixa de pedestres ao lado da mãe na altura do posto 3, na Barra da Tijuca. Com o impacto, uma perna da vítima foi arrancada e lançada a cerca de 50 metros, segundo o registro da ocorrência. O adolescente foi levado ao hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e submetido a uma cirurgia, mas acabou morrendo.
Três dias antes do acidente, Bruno Fernandes Moreira Krupp fora parado em uma blitz da Lei Seca. Ele não portava habilitação, e a moto que pilotava - a mesma que provocou o acidente no sábado - estava sem placa. Além disso, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. A motocicleta chegou a ser apreendida, mas foi retirada na mesma semana.
O Estadão tenta localizar a defesa de Krupp.
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