O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (02) a inclusão do Partido da Causa Operária (PCO) no inquérito das fake news, que investiga supostos ataques à Corte Suprema. Além disso, Moraes ordenou o bloqueio de todos os perfis do partido de esquerda nas redes sociais.
De acordo com o Metrópoles, o ministro também pediu que a Polícia Federal intime o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, para depor em um prazo de cinco dias sobre postagens feitas pelo partido nas redes sociais.
Imediatamente após a decisão, o PCO foi às redes sociais – que ainda não foram bloqueadas – para se manifestar contra o ministro e contra o STF, de maneira geral. “Após o PCO criticar o autoritarismo de Alexandre de Moraes, que declarou que cassaria candidatos por ‘notícias falsas’, STF ataca o Partido. Pela dissolução imediata do STF”, declarou a executiva do partido no Twitter.
Após o PCO criticar o autoritarismo de Alexandre de Moraes, que declarou que cassaria candidatos por "notícias falsas", STF ataca o Partido.
— PCO - Partido da Causa Operária (@PCO29) June 2, 2022
Pela dissolução imediata do STF! pic.twitter.com/0JxdPp8qbI
Críticas do PCO ao STF
A ofensiva de Alexandre de Moraes se dá um dia depois de o PCO usar as redes sociais para tecer duras críticas ao ministro e chamá-lo de “skinhead de toga”. Na publicação, o partido afirmou que o ministro planeja um “golpe nas eleições” deste ano.
Alexandre de Moraes: candidatos que "divulgarem fake news" terão registro cassado. Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF!
— PCO - Partido da Causa Operária (@PCO29) June 1, 2022
“Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições”, escreveu a executiva do partido no Twitter.
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