A guerra entre duas facções criminosas em Porto Alegre na disputa pelo tráfico de drogas, espaço territorial e ‘’acerto de contas’’ tem causado pânico nas comunidades e fechado escolas municipais e estaduais na capital do Rio Grande do Sul.
Na última terça-feira, 5, a Escola Estadual Professor Oscar Pereira, localizada no bairro Cascata, zona sul da capital, suspendeu as atividades. Cerca de 800 alunos dos ensinos básico, fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) ficaram sem aulas. A previsão é que o retorno ocorra na próxima segunda-feira, 11. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), os dias de paralisação na Escola Professor Oscar Pereira serão recuperados durante o recesso que ocorrerá em julho.
Outras duas escolas municipais, a Escola de Ensino Fundamental Chico Mendes, no bairro Mário Quintana, zona norte, e a José Loureiro da Silva, no bairro Cristal, setor sul de Porto Alegre, paralisaram suas atividades na terça-feira, 5, devido aos tiroteios entre as gangues intituladas ‘’V7’’ e ‘’Manos’’. Essas duas escolas foram classificadas pela plataforma Acesso Mais Seguro, na cor vermelha, ou seja, que requer maior atenção em termos de segurança. Esse programa é uma metodologia do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que visa preservar o atendimento dos serviços públicos, permitindo uma análise e controle diário das situações dentro e no entorno das escolas, por exemplo.
Desde o dia 14 de março, os conflitos entre duas facções criminosas em Porto Alegre já deixaram ao menos 20 mortos em vários bairros e cerca de 30 pessoas feridas. A Brigada Militar intensificou, desde então, o policiamento ostensivo nas regiões de conflito e em frente às escolas afetadas. Até o momento 16 pessoas já foram presas suspeitas por envolvimento com ambas facções.
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