Iniciou nesta segunda-feira (19) greve organizada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). A categoria reivindica recomposição das perdas inflacionárias, melhorias nas condições de trabalho, respeito aos horários de folga e aumento real do salário.
Segundo trabalhadores da categoria, reivindicação sobre o aumento dos salários é motivada principalmente pelos “altos preços das passagens aéreas, que têm gerado crescentes lucros para as empresas". O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) afirma que o preço das passagens foi alterado pela pandemia, conflitos na Europa, desvalorização do real em frente ao dólar e aumento do preço do petróleo.
A greve acontece nos principais aeroportos do Brasil como São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza. Pilotos e comissários irão paralisar seus serviços diariamente das 6 horas às 8 horas, até que as reivindicações sejam atendidas.
Tal medida tem acarretado em atrasos de voos, em Congonhas, sendo que sete voos foram remarcados. Aeronaves que transportam órgãos para transplante, vacinas e pacientes em atendimento médico não serão afetadas pela greve.
No domingo (18), o sindicato rejeitou a proposta para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023. Segundo o SNA, aproximadamente 80% dos trabalhadores da categoria rejeitaram a proposta, enquanto 20% votou a favor, cerca de 1% se abstiveram.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que enquanto a greve dure, deve ser mantida 90% dos profissionais em serviço. A decisão parte de um acordo com o SNEA.
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