Brunno Suênio
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Pará, Diego Joaquim de Moura Patriota, poderá ser o nome escolhido pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para assumir a direção-geral da PRF. A definição deverá ser anunciada ainda nesta terça-feira (20).
Nascido em Brasília, filho de pais pernambucanos, Diego Patriota teve forte atuação nas superintendências do Amazonas e, por último, no Pará, dois importantes estados que integram o centro de debates acerca da Floresta Amazônica, tema que foi bastante discutido durante a campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em função disso, o futuro ministro Flávio Dino tem deixado claro a atenção que terá a região da Amazônia. Em recente entrevista à Globo News, o ex-governador do Maranhão afirmou que “a PRF vai ser chamada a participar e atuar na Amazônia muito fortemente”, disse.
Em entrevista ao GP1, na manhã desta segunda-feira (19), Diego Patriota ressaltou a importância da Polícia Rodoviária Federal e pontuou que é o momento de reaproximar a sociedade da PRF. “O Brasil é um país de essência de um modal rodoviário. Então é o que eu digo, toda riqueza passa pela BR. A PRF precisa estar presente cuidando desse eixo da segurança viária, onde, infelizmente, mais de 60 mil óbitos acontecem no país registrados em razão e acidentes. A gente está falando hoje sobre dados do SENATRAN (Secretaria Nacional de Trânsito). Mais de 60% dos leitos são ocupados em razão de acidente de trânsito e a gente precisa combater essa guerra que acontece contra a vida, de forma articulada com outros órgãos, naquele conceito de educação, engenharia e operações viárias, cuidando da nossa Amazônia, das pessoas, com foco muito grande no cuidado com esse indivíduo, não só do cidadão que é atendido, mas na formação do nosso policial e humanizar esse processo de formação para que a gente possa prestar o serviço mais humano possível para quem é atendido pela nossa atividade”, pontuou.
Patriota ressaltou ainda a necessidade de cuidado com a região da Amazônia e também no Nordeste brasileiro. “É preciso cuidar da nossa Amazônia, como eu disse. Cuidar do nosso Nordeste, do menos favorecido, mas atento aquele que por muito tempo ficou desassistido. Então, é um momento de reaproximar a sociedade, colocar a bola no chão, olhar para dentro, para que a gente, mais uma vez, possa encher a boca e usar um jargão por muito tempo utilizado, que é o orgulho de pertencer. Então esse é um grande momento para nossa instituição. Estou muito feliz de poder compartilhar de forma rápida essa visão com vocês e é isso, como eu sempre digo, que o melhor aconteça para nossa instituição tão amada, a gloriosa Polícia Rodoviária Federal”, frisou.
Com mais de 13 anos de experiência na Polícia Rodoviária Federal, Diego Patriota conhece bem a região amazônica em seus mais de 14 mil quilômetros de rodovias federais, integrados com uma malha viária que acrescenta ainda rodovias estaduais e municipais, expandido para 39 mil quilômetros de estradas oficiais, por ondem passa também a rota do tráfico de entorpecentes.
Atuando como policial rodoviário, Diego Patriota se tornou especialista no planejamento estratégico e se manteve equilibrado nos eventos recentes envolvendo a atuação da PRF durante os bloqueios de rodovias realizados em todo o Brasil.
Além de Diego Patriota, outros nomes são cotados para assumir a direção-geral da Polícia Rodoviária, como Maria Alice, Fabrício Rosa, Edmar Camata, Alexandre Figueiredo, Paulo Sérgio e Antônio Fernando Souza.
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