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Campanha de Bolsonaro teve prejuízo de R$ 38 milhões, diz Wajngarten

Segundo o ex-chefe da Secom, aproximadamente 5 mil rádios deveriam ter exibido as inserções.

O ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, Fábio Wajngarten, afirmou que a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) teve um prejuízo de cerca de R$ 40 milhões por inserções não veiculadas no horário eleitoral.

A declaração foi dada nesta quarta-feira (30), durante discussão na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle no Senado. “Se são mais de 1,2 milhão de inserções não veiculadas, a campanha do presidente Bolsonaro teve um prejuízo entre R$ 36 e R$ 38 milhões”, afirmou Fábio Wajngarten, que disse que o custo médio de cada inserção custa cerca de R$ 30,00.


Segundo o ex-chefe da Secom, aproximadamente 5 mil rádios deveriam ter exibido as inserções.

Como funcionam as inserções no horário eleitoral

Fábio Wajngarten detalhou à Comissão como ocorrem as inserções no horário eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Em 22 de agosto, o TSE chamou as campanhas de Bolsonaro e Lula e estabeleceu que ambas deveriam enviar à Corte, diariamente, exceto no fim de semana, dois arquivos”, lembrou Wajngarten. “Até às 14 horas, o arquivo de plano de mídia tinha de ser enviado ao pool do TSE, que é um espaço no HD, e o próprio material que seria veiculado deveria ser enviado até às 16 horas.”

O plano de mídia seria o que cada campanha iria veicular. Por exemplo: o candidato A vai transmitir uma propaganda eleitoral sobre água no Nordeste; e o candidato B vai veicular uma propaganda eleitoral sobre segurança pública.

“A campanha do presidente cumpriu à risca essa determinação”, afirmou o ex-chefe da Secom. “Por conta disso, não haveria a interlocução entre uma campanha eleitoral e uma rádio que veicula a programação.”

É atribuição do veículo de comunicação ir ao pool e baixar o plano de mídia e os materiais a serem veiculados, de acordo com Wajngarten. “Essa é a atribuição das rádios e emissoras de TV”, disse. “As inserções deveriam ser veiculadas, e, por isso, as campanhas contrataram auditorias de mídias, ou deveriam ter contratado. É dever das campanhas auditarem as inserções, não do TSE.”

O ex-chefe da Secom ainda destacou que a campanha de Bolsonaro recebeu “inúmeras ligações” denunciando que suas inserções não estavam sendo veiculadas.

“Na medida em que as inserções eram veiculadas, as campanhas recebiam um recibo de entrega”, explicou Wajngarten. “A campanha do presidente está de posse de todos os recibos. Conversei com a equipe para entender se houve alguma falha nossa no envio de material, mas não ocorreram falhas.”

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