A volta às aulas em São Paulo será a partir de 8 de setembro, de forma gradual, primeiro com 35% dos alunos, depois com 70% e em seguida com 100%, de acordo com as etapas. As regras valem tanto para o ensino infantil quanto para ensino fundamental, médio e superior. O decreto que será publicado pelo governo do Estado deve ser seguido pelas redes pública e privada.
Os estudantes terão de ficar a uma distância de 1,5m nas salas de aula e também no transporte escolas, com exceção das crianças de ensino infantil (0 a 5 anos). A estimativa é que 13 milhoes de estudantes estejam fazendo aulas online em São Paulo durante a pandemia. O governador Joao Doria apresentou nesta quarta-feira, 24, os detalhes do plano de abertura das escolas no Estado.
As escolas só poderão ser reabertas quando todas as cidades do Estado estiverem na fase amarela do plano de flexibilização. "Não vamos fazer uma abertura regionalizada porque poderíamos ter problemas com pessoas que vão do interior para a capital estudar ou vice-versa, faremos tudo junto", disse o secretário do Estado da Educação, Rossieli Soares. Ele participou da coletiva remotamente porque está se recuperando da infecção pela covid-19. A estimativa é que até setembro, o Estado de São Paulo esteja numa melhor situação em relação à pandemia, principalmente o interior, onde os casos de contaminação são mais altos nesse momento.
Atividades de educação física, artes e correlatas podem ser realizadas com distanciamento e preferencialmente ao ar livre. Será obrigatório uso de máscara dentro da instituição de ensino o tempo todo, no transporte escolar e em todo o percurso de casa até a escola.
Segundo a secretaria da Educação, cada sistema vai ter liberdade para tomar decisões sobre que anos voltam antes, se as crianças mais velhas ou mais novas. Inicialmente o Estado havia considerado dar prioridade à educação infantil por causa das mães trabalhadoras. Durante a coletiva, Rossieli agora disse apenas que está conversando com as prefeituras para haver algum tipo de proteção a essas mulheres que não podem voltar ao trabalho até setembro. Apesar do plano estadual de volta às aulas contemplar todas as etapas, segundo a legislação, a educação infantil é de responsabilidade da Prefeitura.
Durante as etapas, para os estudantes que não estiveram presencialmente nas escolas, o governo recomenda que as instituições continuem com atividades remotas.
As aulas devem ocorrer com portas abertas, os recreios precisam ser escalonados para que nem todas as crianças estejam juntas no mesmo período de intervalo. A entrada e saída também devem ser organizadas de forma que não haja aglomeração e também não devem ser nos horários de pico.
As instituições, tanto públicas quanto privadas, devem medir a temperatura dos estudantes antes de entrar. "É importante dizer que no caso da higiene pessoal, o governo vai disponibilizar os EPIs para os funcionários da educação. O uso de mascará será obrigatório, seja por funcionários ou estudantes, também no transporte escolar. Se o aluno não estiver de máscara, ele não poderá permanecer na escola. Os bebedouros estão proibidos. Os alunos terão copos próprios para beber água", explicou Rossieli.
Na rede estadual, o governo está se preparando para ofertar um 4º ano do ensino médio para apenas os alunos do 3º ano que quiserem continuar estudando em 2021.
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