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Ivan Sartori é cotado para assumir vaga de Moro no Ministério da Justiça

Segundo o Estado apurou, o desembargador aposentado está mantendo conversas reservadas com interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, que não deve anunciar hoje o novo titular da pasta.

O ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e atual candidato a prefeito de Santos, Ivan Sartori, é um dos nomes cotados para assumir o lugar do ex-juiz Sérgio Moro no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo o Estado apurou, o desembargador aposentado está mantendo conversas reservadas com interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, que não deve anunciar hoje o novo titular da pasta.

Ao deixar o cargo nesta sexta-feira (24), Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. “O presidente me quer fora do cargo”, disse Moro, ao deixar claro que a saída foi motivada por decisão de Bolsonaro.


No mês passado, Ivan Sartori furou o isolamento social e desafiou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) a manter o fechamento das praias da cidade. Pré-candidato na cidade, Sartori corria na praia quando foi abordado, e gravou um vídeo com um apoiador. “É uma demagogia. Evidente… isso é desestabilizar o país”, disse.

Em campanha nas suas redes, o desembargador aposentado ainda afirmou: “Isso não pode se radicalizar, gente, não podemos parar o país. Nós não podemos parar o país. Vai haver muita quebradeira. Não vai haver recursos públicos, porque não tem quem pague impostos. Gente, a crise pela qual vamos passar radicalizando, parando o país vai ser sem precedentes. Muito pior que essa contaminação pelo coronavírus”.

“Virou uma bagunça. Prefeito fechando praia, prefeito fechando estrada. governador fechando aeroporto. o que virou o país? está uma loucura. um frenesi total. vamos tocar o país pra frente”, afirma.

Em das decisões mais notórias das quais participou na Corte, Ivan Sartori foi relator de recurso que terminou com a anulação dos júris haviam condenado 74 policiais militares pelo massacre do Carandiru, em que 111 detentos foram mortos, após uma rebelião, em 1992.

Após a decisão, tomada em 2016, o desembargador ainda insinuou em suas redes sociais que parte da imprensa e das organizações de direitos humanos é financiada pelo crime organizado.

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