O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, prometeu analisar a proposta de criação de umse a força-tarefa para investigar se servidores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuaram para beneficiar empresas. A solicitação foi apresentada por membros extinta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, na tarde desta terça-feira, 11, durante reunião no gabinete do procurador.
Os deputados questionaram a necessidade de uma nova investigação no BNDES depois que o Estado revelou que o banco gastou R$ 42 milhões com uma auditoria que não encontrou nada. O pedido também inclui investigar a contratação dessa consultoria. Segundo os deputados, o procurador disse que “fará uma análise detalhada dos documentos” anexados ao pedido de investigação do banco.
A CPI do BNDES foi encerrada em outubro do ano passado, após sugerir o indiciamento de 52 pessoas. A avaliação das lideranças que investigaram por meses o banco é de que somente a Polícia Federal e o MPF teriam instrumentos para apurar as supostas ilegalidades cometidas por funcionários e dirigentes do BNDES nos últimos anos.
Os parlamentares querem que a força-tarefa, caso seja acatada pelo procurador Augusto Aras, contemple uma “apuração rigorosa” do gasto de R$ 42 milhões com a auditoria que prometia abrir a caixa-preta do banco, mas que não encontrou irregularidades em oito operações com o grupo J&F.
“O TCU fala uma coisa, o MPF e a auditoria (de R$ 42 milhões) dizem outra. Então a Polícia Federal tem que abrir uma força-tarefa. É essa nossa sugestão, da CPI. Queremos uma espécie de lava-jato exclusiva no BNDES”, afirma Paula Belmonte (Cidadania).
Além de Paula, que foi vice-presidente da CPI, assinaram o pedido de investigação os deputados Vanderley Macris (PSDB-SP), Sanderson (PSL-RS) e General Girão (PSL-RN).
Ver todos os comentários | 0 |