O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou na tarde desta segunda-feira, 8, sobre a necessidade de aproximar o ministro da Economia, Paulo Guedes, de prefeitos e governadores para se construir um "grande acordo" para a pauta econômica, que deve incluir a reforma da Previdência.
Em evento para discutir os 100 primeiros dias do governo, o presidente da Câmara começou o discurso respondendo a um questionamento sobre as pautas-bomba. "A Câmara não será um instrumento para gerar nenhum problema fiscal para o País", respondeu. Ele citou como exemplo quando foi interpelado a pautar o perdão das dívidas do Funrural, demanda da bancada ruralista.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoRodrigo Maia
Para Maia, é necessário avançar em outros temas, como cessão onerosa, lei Kandir para socorrer de forma mais permanente a economia das unidades. "Vamos entregar tudo. Todos sobrevivemos mais um ano, um ano e meio e depois volta tudo", disse. Maia ressaltou que há Estados e municípios brasileiros falidos e que a União ainda não caminha para isso porque tem recursos, como a emissão de dívidas, para contornar a situação.
Maia falou sobre o Orçamento público que atende atualmente poucos grupos e também sobre a remuneração de servidores públicos, que para ele, precisa ser revista. "Ninguém tem mais estímulo de fazer carreira no setor público. Cada um vai querendo criar uma estratégia. Se você já está no teto, você quer criar algo diferente", disse. "Reestruturar o Estado brasileiro é o fundamental", afirmou.
Maia comentou ainda sobre a aprovação da proposta de emenda à constituição do Orçamento pela Câmara. Ele negou que a PEC engesse o governo e tire o poder do Executivo para contingenciar gastos. A ação foi vista como um recado do Legislativo ao governo Bolsonaro após as farpas trocadas entre os poderes durante o mês de março. O parlamentar afirmou ainda que o governo do PSL está dando ao Legislativo o poder de reafirmar seu papel.
Ver todos os comentários | 0 |