O ministro da Secretaria-geral, Gustavo Bebianno, confirmou, no início da tarde deste sábado, que o presidente Jair Bolsonaro indicou que vai exonerá-lo na próxima segunda-feira, 18. Ao deixar o hotel onde mora, em Brasília, ele afirmou que está com a consciência tranquila e que ainda tem "carinho" pelo presidente.
Apesar da sinalização de que será demitido, Bebianno disse que ainda aguarda a formalização da exoneração na edição do Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoGustavo Bebianno e Jair Bolsonaro
Em reunião, ontem, Bolsonaro sinalizou que quer exonerar o ministro e ofereceu a ele um cargo na diretoria de Itaipu Binacional, embora a possibilidade seja vedada pela Lei das Estatais. A oferta foi prontamente recusada por Bebianno. "Não estou aqui por causa de emprego", justificou hoje.
Questionado sobre o clima acirrado no encontro com Bolsonaro de ontem, relatado por interlocutores, Bebianno minimizou e disse que cada um teve a oportunidade de dizer o que pensa. Ele afirmou, ainda, que Bolsonaro mencionou, "por alto", as suspeitas de que Bebianno estaria vazando informações para a imprensa, o que, segundo aliados, irritou o presidente.
Na madrugada deste sábado, Bebianno publicou um texto em redes sociais sobre lealdade. Indagado sobre o teor da publicação, que foi visto como uma indireta para Bolsonaro, disse apenas que "foi uma mensagem que teve vontade de publicar".
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