O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse em entrevista à GloboNews que nunca foi bolsonarista e que apenas "incorporou" o slogan "BolsoDoria" na eleição de 2018, em que chegou a usar camisetas no 2º turno pedindo votos também para o então candidato Jair Bolsonaro. Veja a cronologia de como o 'BolsoDoria' acabou.
"Nunca fui bolsonarista. O 'Bolsodoria' não fui eu criei. Esse movimento nasceu no interior de São Paulo, ma eu incorporei. Eu jamais votaria no Fernando Haddad (PT, adversário de Bolsonaro no 2º turno). Naquela circunstâncias, uma eleição em que eu enfrentava todos os partidos de esquerda e até parte do meu partido, com Bolsonaro contra essa esquerda, qual era meu caminho?"
Doria reiterou as críticas que fez ao discurso do presidente na Assembleia-Geral da ONU, marcado por ataques ao comunismo. O governador voltou a chamar a fala de Bolsonaro de "inadequado" e defendeu seu direito à crítica. "Eu não perco meu espírito crítico. Mas faço isso de forma educada, não fico vociferando contra esse ou aquele eqívoco. Eu tenho direito à crítica."
Apontado como virtual adversário de Bolsonaro na eleição de 2022, Doria disse que não faz crítica "eleitoral". "Não é hora de confronto e de debater eleição. Considero que esse é um tema para daqui três anos."
A entrevista marca mais um capítulo dos embates públicos entre Doria e Bolsonaro. No mês passado, Doria respondeu a publicações de Bolsonaro em que o presidente reclamou de não ter sido citado nas notícias de um investimento japonês em Sorocaba.
"Que o presidente trabalhe mais e tuíte menos", disse Doria, que negou participação do governo federal nas negociações para levar investimento para a cidade do interior. Relembre outros embates.
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