O ministro Raul Jungmann, da Segurança Pública, afirmou nesta sexta-feira (27) que determinou que a Polícia Federal (PF) apure o vazamento do inquérito dos portos. Michel Temer e seus amigos pessoais estão entre os investigados. O presidente afirmou nesta manhã que iria “sugerir” ao ministro que ele investigasse “vazamentos irresponsáveis” sobre o inquérito.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoPresidente Michel Temer
“Vou sugerir ao ministro Jungmann que apure internamente como se dão esses vazamentos irresponsáveis porque, mais uma vez eu digo, não é a imprensa que vai lá de forma escondiDa para examinar os autos, Os dados são fornecidos por quem preside o inquérito, que comanda o inquérito, seja aonde for e, naturalmente, quando isso chega à imprensa, a imprensa divulga”, afirmou o presidente.
Em resposta, o ministro emitiu nota afirmando que determinou à PF “imediata apuração do possível vazamento ocorrido no curso do inquérito”.
Confira a nota na íntegra:
Ministério Extraordinário da Segurança Pública
Assessoria de Comunicação Social
NOTA
Brasília, 27/4/18 - Determinei ao Diretor Geral da Polícia Federal a imediata apuração do possível vazamento ocorrido no curso do inquérito policial que apura fatos relacionados à edição do Decreto no. 9.048, de 10 maio de 2017, que regula a exploração de portos organizados e de instalações portuárias.
No Estado democrático de direito, não é admissível comprometer o legítimo direito de defesa e a presunção de inocência de qualquer cidadão ou do Senhor Presidente da República.
A violação do sigilo profissional pelos responsáveis pela condução dessa ou de qualquer outra investigação é conduta passível de sanção administrativo-disciplinar, cível e penal. Além disso, depõe contra o reconhecido profissionalismo das instituições investigadoras.
RAUL JUNGMANN
Ministro de Estado Extraordinário da Segurança Pública
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