O Ministério Extraordinário da Segurança Pública divulgou, nesta segunda-feira (19), nota em que esclarece declarações feitas na semana passada pelo ministro Raul Jungmann de que as munições utilizadas para matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foram roubadas da Polícia Federal em uma agência dos Correios na Paraíba.
De acordo com a nota oficial, entre as balas encontradas após um roubo à agência foram achadas também cápsulas similares às usadas na morte da parlamentar e de seu motorista, Anderson Gomes, mas que elas não faziam parte de qualquer encomenda.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMinistro da Defesa, Raul Jungmann
“Na cena do crime, a PF encontrou cápsulas de munição diversas, dentre elas a do lote ora investigado. O ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista. Explicou que a presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada e informou que há outros registros de munição da Polícia Federal encontradas em outras cenas de crime sob investigação”, conclui o texto.
O ministro, no entanto, havia confirmado que as munições utilizadas no crime tinham sido roubadas de um carregamento da PF. “A Polícia Federal já abriu mais de cinquenta inquéritos por conta dessa munição desviada. Então eu acredito que essas cápsulas encontradas na cena do crime foram efetivamente roubadas”.
Confira a nota na íntegra
Sobre a declaração do ministro Raul Jungmann a respeito de munição de propriedade da Polícia Federal encontrada na cena dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública esclarece:
1. A Polícia Federal instaurou o inquérito policial 1909/2017 na delegacia de Campina Grande para apurar o arrombamento à Agência dos Correios de Serra Branca/PB ocorrido em 24/07/2017;
2. O arrombamento foi seguido de explosão do cofre de onde foram subtraídos objetos e valores. Na cena do crime a PF encontrou cápsulas de munições diversas, dentre elas do lote ora investigado;
3. O ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista. Explicou que a presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada e informou que há outros registros de munição da Polícia Federal encontradas em outras cenas de crime sob investigação;
4. O ministro citou os episódios da Paraíba e da superintendência do Rio, esta em 2006, como exemplos de munição extraviada que acabam em mãos de criminosos;
5. A Polícia Federal prossegue no rastreamento de possíveis outros extravios
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