O presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, foi preso na manhã desta sexta-feira (23), em uma ação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que faz parte de um desdobramento da operação Lava Jato.
Segundo o MPF, o presidente da Fecomércio era cúmplice do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e teria feito várias contratações fantasmas de funcionários no Sesc e Senac a mando do político. O esquema movimentou mais de R$ 7,5 milhões e o acusado teria utilizado Álvaro Novis, doleiro que atuou na organização criminosa de Cabral, para fazer a movimentação do dinheiro ilícito.
- Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão ConteúdoPolícia Federal
Outro ponto investigado foram os gastos de R$ 180 milhões com escritórios de advocacia, em quatro anos, em contratos suspeitos, onde ele teria usado o dinheiro da instituição para se defender e assim se manter a frente da instituição. Entre os contratados, está o escritório que atuava a mulher de Cabral, Adriana Ancelmo.
Orlando Diniz estava afastado da presidência do Sesc-Rio desde dezembro de 2017 após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação aponta que mesmo afastado desse cargo, o acusado usava a sua influência para atrapalhar a atual gestão.
Também são alvos de mandado de prisão temporária Plínio José Freitas Travassos Martins, Marcelo José Salles de Almeida e Marcelo Fernando Novaes Moreira. Eles são acusados de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. A Fecomércio reúne sindicatos dos setores de comércio e serviço e é a entidade que preside os Conselhos Regionais do Serviço Social do Comércio (SESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (SENAC).
Ver todos os comentários | 0 |