O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, decretou a prisão preventiva do policial federal afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, que é acusado de prestar serviços de entrega de dinheiro para lavagem no escritório de Alberto Youssef.
Em maio de 2015, o policial foi condenado por lavagem de dinheiro. A pena, primeiramente, foi de 13 anos, 3 meses e 15 dias de prisão, que foi diminuída para 8 anos e 4 meses de reclusão. A decisão foi julgada no TRF4, mesmo tribunal que condenou Lula, mas o policial foi absolvido do crime de participação em organização criminosa.
- Foto: José Carlos Daves/Futura Press/Estadão ConteúdoSergio Moro
Segundo Moro, na decisão dessa segunda (29), foi provado que agentes da empreiteira Camargo Correia destinaram cerca de R$ 50.035.912,33 de propina à diretoria de Abastecimento da Petrobras, que na época era comandada por Paulo Roberto Costa.
“Os repasses foram intermediados pelo escritório criminoso de Alberto Youssef. Teriam eles ainda se associado para a prática de crimes”, afirmou o juiz. Segundo Moro, Jayme Alves se aproveitou de seu cargo como policial para transportar malas de dinheiro.
“Trata-se de exceção, é certo, nos quadros da Polícia Federal, mas sua conduta reprovável merece a censura penal, não se justificando submeter esta à demora dos múltiplos e generosos recursos de nosso sistema pena, por vezes utilizados mesmo por quem não tem razão e com o único propósito de gerar prescrição e impunidade”, explicou Moro.
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