Depois de quatro anos à frente da Procuradoria Geral da República (PGR), Rodrigo Janot cumpriu nesta sexta-feira (15) seu último dia útil de trabalho. Ele se reuniu nesta tarde com procuradores e funcionários da PGR e apresentou o balanço de sua gestão. A partir de segunda-feira Raquel Dodge assume o comando do Ministério Público Federal.
Durante o encontro que foi realizado em um auditório da PGR, Janot recebeu das mãos da procuradora Livia Tinoco, de Sergipe, um arco e flecha que um grupo indígena do estado pediu a ela para entregar.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoRodrigo Janot
Segundo o G1, no último dia 1º, em congresso de jornalistas em São Paulo, para o qual foi convidado, Janot afirmou: "Enquanto houver bambu, lá vai flecha. Até o dia 17 de setembro, a caneta está na minha mão e vou continuar nesse ritmo que estou”, fazendo referência à hipótese de apresentar novas denúncias, o que de fato aconteceu nesta quinta, quando denunciou Michel Temer e mais oito pessoas, entre as quais dois ministros.
Rodrigo Janot, que completou 61 anos hoje, disse que deixa a PGR com a certeza que seu trabalho valeu a pena. “Juntos vivemos e escrevemos um capítulo muito especial na história do país e do Ministério Público. A esperança ainda triunfa nesta Casa. Valeu a pena para mim cada minuto de labuta e até de sofrimento”, afirmou Janot aos presentes, segundo a assessoria da PGR.
Segundo a assessoria da PGR, o auditório para 400 pessoas estava lotado. Dodge não participou do encontro.
No encontro com membros da PGR, fechado à imprensa, também estiveram presentes três ex-procuradores da República: Sepúlveda Pertence (1985-1989), Aristides Junqueira (1989-1995) e Claudio Fonteles (2003-2005).
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