O procurador federal Ivan Cláudio Marx, que investiga as alegações do empresário Joesley Batista de que os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) receberam US$ 150 milhões em propina em contas do exterior, disse que a versão de Batista sobre as supostas contas é “incomprovável”.
“A história dele é incomprovável. Pedimos documentos para comprovar, e não veio nada”, afirmou. A defesa de Joesley negou que o empresário tenha mentido e afirmou que os delatores continuam à disposição da Justiça. A Procuradoria Geral da República disse que, se ficar comprovado que Joesley mentiu em seus depoimentos, o acordo de colaboração pode ser “revisto”.
- Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo Dilma e Lula
De acordo com informações do Uol, em um dos depoimentos prestados por Joesley em sua delação, ele disse ter aberto duas contas no exterior em seu nome nas quais depositava propinas referentes a contratos que empresas do grupo J&F mantinham com o BNDES, intermediados pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que nega as acusações. O dinheiro depositado nas contas, segundo Joesley, foi depois “descontado” com as doações para campanhas eleitorais.
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