Nesse sábado (08), a Polícia Federal prendeu 17 pessoas suspeitas de fraudar o saque do pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no Rio de Janeiro. As prisões aconteceram no primeiro dia em que começou a última etapa de pagamento do benefício para os trabalhadores nascidos no mês de dezembro.
O golpe era aplicado da seguinte maneira: Eles criavam falsas páginas de informação sobre o FGTS, onde captavam dados de trabalhadores com direito ao recebimento. De posse dos dados necessários para o saque, como número do PIS e senha, os suspeitos iam até a agência para sacar o dinheiro.
“Não era uma quadrilha só. Eram vários grupos separados que usavam a estratégia de phishing, usando alertas falsos de internet para capturar dados. Uma parte dela veio de São Paulo e eles fizeram um site falso da Caixa Econômica Federal. Você clicava em alertas como ‘consulte aqui o seu saldo do FGTS’ e isso levava para um site falso da Caixa, onde digitava os dados”, explicou o delegado federal Erick Blatt, chefe do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos.
- Foto: Ricardo Matsukawa/VEJA.comTrabalhadores realizam saque do FGTS nas agências da Caixa Econômica
Cerca de R$ 16 mil foram apreendidos com os presos. No penúltimo lote de trabalhadores beneficiados com o FGTS inativo, as fraudes levaram a prejuízo de R$ 4 milhões, em todo o país.
“A gente prevê que neste último lote o prejuízo seria de 700 mil reais a 1 milhão de reais, só no Rio de Janeiro. Em torno de 8 milhões de reais no país todo”, disse o delegado.
Em São Paulo, a Polícia Militar prendeu ao menos seis homens que tentavam sacar dinheiro do FGTS de outras pessoas. Como o caso envolve a Caixa Econômica, um banco da União, todos os detidos foram levados para a sede da Polícia Federal.
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