Os procuradores da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro apresentaram nesta sexta-feira (02), à Justiça Federal, mais uma denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Ele é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de lavagem de dinheiro no pagamento de propina de 1,7 milhão de reais pela construtora FW Engenharia.
De acordo com a Veja, se o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Rio, aceitar a denúncia do MPF, Cabral se tornará réu pela décima vez em investigações da operação.
Segundo os procuradores, a FW, do empresário Flávio Werneck, usou a empresa de fachada Survey Mar & Serviços Ltda. para fazer pagamentos fracionados às empresas Estalo Comunicação, de Maurício Cabral, irmão de Sérgio Cabral, Araras Empreendimentos, de Susana Neves, ex-mulher do peemedebista, e LRG Agropecuária, de Carlos Miranda, apontado como um dos operadores financeiros do esquema de corrupção liderado pelo ex-governador.
- Foto: Fábio Motta/Estadão ConteúdoSérgio Cabral
O contador da construtora, Alberto Conde, que administrava a Survey, uma empresa supostamente dedicada a reparos e manutenção de computadores e registrada em nome da filha de Conde e de um ex-funcionário dele, teria sido o operador dos pagamentos.
Na denúncia do MPF, são atribuídos a Cabral, Flávio Werneck e Alberto Conde 36 crimes de lavagem de dinheiro. Susana Neves é acusada do mesmo crime 31 vezes, Carlos Bezerra, quatro vezes, e Maurício Cabral, uma vez.
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