Nesta quinta-feira (06), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que foram encontrados problemas sanitários em 8 das 302 amostras analisadas nos 21 frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Bactérias como salmonela e estafilococos, que podem causar vômitos, diarreias e outros problemas de saúde, foram encontradas durante a fiscalização, segundo Eumar Novacki, secretário-executivo da pasta.
Os problemas encontrados, em sua maioria, foram em hambúrgueres, sendo sete da empresa Transmeat, do Paraná, onde as amostras contaminadas continham salmonela.
Segundo Novacki, existe uma especificação técnica que proíbe qualquer tipo de salmonela em hambúrguer. Há mais de 2.600 tipos de salmonela. Também foram detectadas estafilococos na linguiça produzida pelo frigorífico Frigosantos, situado no Paraná. Os dois frigoríficos deverão ser penalizados segundo Novacki.
Ainda de acordo com Novacki, 31 das 302 amostras apresentaram algum “problema de ordem econômica”, que está ligado à não observância de questões técnicas, como excesso de amido em salsichas. Porém esse tipo de irregularidade não representa uma deficiência sanitária.
Duas unidades do frigorífico Peccin, uma no Paraná e outra em Santa Catarina, e do frigorífico Central de Carnes (Paraná), deverão ter o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) cancelado por problemas identificados anteriormente, de acordo com Novacki.
Aas amostras foram recolhidas como forma de passar segurança à população brasileira, após a deflagração da Operação Carne Fraca, que apontou irregularidades em unidades de empresas como BRF e JBS, segundo o secretário-executivo. Ainda de acordo com Novacki, a PF também está conduzindo outras análises e poderão ser apresentados novos problemas.
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