Agentes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal prenderam no início da manhã desta terça-feira (11), Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo de Sérgio Cabral, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita.
A operação, que é mais um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi batizada de “Fatura Exposta” e visa cumprir também dois mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão em vários endereços. De acordo com informações do G1, a operação investiga fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
- Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão ConteúdoOperação Fatura Exposta, da Polícia Federal (PF)
Segundo as investigações, quando era diretor do Into, Sérgio Côrtes teria favorecido a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, nas licitações do órgão. Gustavo Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin. A empresa é uma das mais fornecedoras de próteses do Rio.
A operação apura ainda desvios na secretaria estadual de Saúde, com o pagamento de propina para o esquema criminosos comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral. O esquema também envolveria pregões internacional, com cobrança de propina de 10% nos contratos, nacionais e internacionais. Desse percentual, 5% caberia ao ex-governador Sérgio Cabral, 2% ao Sérgio Côrtes, 1% para o delator Cesar Romero, 1% para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e 1% para sustentar o esquema.
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