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Mais de 100 presos continuam foragidos na cidade de Manaus

Continuam soltos 112 fugitivos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim e da Unidade Prisional de Puraquequara. Alguns dos foragidos são de alta periculosidade.

Após dois meses dos massacres que deixaram 64 mortos em presídios de Manaus, apenas metade dos fugitivos foram recapturados. Continuam soltos 112 fugitivos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim e da Unidade Prisional de Puraquequara, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Alguns dos foragidos são de alta periculosidade.

De acordo com a Folha de São Paulo, em razão das mortes nos presídios, há uma guerra em curso entre as facções criminosas Família do Norte (FDN), responsável pelos massacres, e Primeiro Comando da Capital (PCC), que teve diversos integrantes mortos e decapitados, segundo disse à Folha um integrante da cúpula do governo. 

Balanço feito até o mês de fevereiro, aponta que 40 dos 67 homicídios apresentam sinais de execução. Os peritos levam em conta as partes do corpo atingidas, a quantidade de balas e se a arma usada está entre as mais potentes. 

O foragido mais conhecido é Francisco Diego dos Anjos, conhecido como "Dieguinho", suspeito de participação em cerca de 30 homicídios e ligado à FDN. No dia 10 de janeiro, 99 homens da Força Nacional chegaram a Manaus para fazer a segurança no entorno do Compaj e, assim, liberar policiais do Amazonas para trabalhar na recaptura dos foragidos. 

O número de foragidos na capital aumentou no dia 25 de fevereiro, quando 14 detentos fugiram da cadeia pública Raimundo Vidal, no centro, reativada em janeiro para abrigar presos ameaçados de morte, principalmente, os do PCC. Desses, cinco foram encontrados mortos em uma área de mata, horas depois da fuga, com sinas de execução. De acordo coma Secretaria de Segurança Pública, eles integravam o PCC e, provavelmente, foram mortos por membros da FDN, mas os casos estão sendo investigados, pois familiares acreditam em envolvimento de PMs. 

As fugas aumentaram a sensação de insegurança na cidade. Na quinta-feira (23) de fevereiro, as empresas de ônibus coletivos retiraram os veículos de circulação às 22h, após quatro deles terem sido incendiados. O sindicato das empresas de ônibus ligou os incêndios a um tumulto ocorrido na cadeia pública Vidal na mesma noite, mas a Secretaria de Segurança Pública disse que se tratou de uma ação orquestrada por ex-funcionários do transporte viário.
 


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